quinta-feira, 12 de março de 2009

POR ONDE ANDAS, MAJOR NELSON?


Às vezes um ator ou uma atriz têm a sua vida marcada por um personagem que interpretou no cinema ou na televisão. Mas Larry Hagman, que nasceu no Estado da "estrela solitária", o Texas, teve a sorte de interpretar dois personagens muito populares na tevê: o Major Nelson - na série Jeannie é um Gênio -, e o grande vilão JR Ewing na série Dallas. Nascido em 1931, Larry Martin Hageman é filho da grande atriz de teatro Mary Martin. Poucos sabem, mas Mary possuía uma casa no Brasil, no Estado de Goiás, lugar que ela apreciava muito e visitava muitas vezes com Larry, em férias. Com o divórcio de seus pais, Larry seguiu com a mãe para Los Angeles acompanhando-a em suas turnês. Nesta época, Larry havia decidido seguir os passos de sua mãe e resolveu estudar teatro. Conseguiu atuar em pequenos papéis na Broadway, em peças como a Megera Indomada e Margo Jones. Mary conseguira um emprego em Londres, como uma das estrelas do musical South Pacific, e deu um jeito de colocar Larry no elenco da peça, onde ficaram juntos por cinco anos. Com o fim da turnê, Larry voltou aos Estados Unidos para se alistar na Força Aérea. Tinha o "show bizz" no sangue, e com suas experiências teatrais, conseguiu produzir e dirigir filmes técnicos para o Governo, na Força Aérea. Ao sair de lá, resolveu retomar sua carreira no teatro. Foi escolhido em 1961 para atuar em uma novela de tevê chamada "The Edge of Night", onde trabalhou por dois anos. Conseguiu outros papéis em séries de tevê e em filmes de cinema, como o do tradutor do Presidente Henry Fonda no filme "Limite de Segurança", em 1964. Em 1965, foi escolhido pelo escritor Sidney Sheldon para interpretar o Major Nelson na série Jeannie é um Gênio. Desempenhou muito bem o papel graças a sua experiência na Força Aérea, o que tornou Larry muito popular nos cinco anos que esteve no ar.
Nesta época, o ator tornou-se alcoólatra. Bebia muito antes das gravações de Jeannie, mas isto não chegou a atrapalhar as gravações. Com o fim da série em 1970, sua carreira declinou. Tentou se lançar como diretor de cinema, com o filme "The Son of the Blob" (inédito no Brasil), que seria uma espécie de continuação do filme dos anos 50 "A Bolha Assassina", mas fracassou nas bilheterias. Continuou a fazer participações em filmes e séries de tevê durante os anos 70, até que foi escalado para fazer o papel de milionário do petróleo JR Ewing, na então minissérie Dallas (1977). Seu papel foi tão marcante que a minissérie virou uma série semanal, acabando por revitalizar sua carreira, tornando-o popular novamente na televisão. A série duraria até 1991.
Devido ao alcoolismo, Larry teve que se submeter a um transplante de fígado em 1995. O transplante foi bem sucedido, mas passou a depender, para o resto de sua vida, de muitos remédios contra a rejeição. Hoje, aos 77 anos, por causa desta nova condição, Larry atua muito pouco. Recentemente fez algumas participações na série Nip/Tuck, mas dedica muito de seu tempo nos AA (Alcoólicos Anônimos), além de participar de reuniões e ministrar palestras sobre os perigos da bebida.