terça-feira, 27 de março de 2012

CHICO ANYSIO: ARTISTA COMPLETO


Falar da genialidade de Chico Anysio nunca será demais. Que estava muito à frente de seu tempo, também. Quando criou a pequena cidade de Chico City, com todos os grandes problemas, ele já mostrava personagens caricatos, daqueles que vivem conosco até hoje. Justo Veríssimo, por exemplo, pode ser comparado a muitos dos 513 deputados e 81 senadores - que, em Brasília, defendem primeiro seus interesses, tudo isso quase à revelia de um povo que ele 'quer mais que se exploda'. Mas pode ser qualquer outro político made in Brazil. Do Oiapoque ao Chuí. O salário dos professores, oh!, este nem se fala. Walfrido Canavieira, o retrato de um autêntico prefeito corrupto, sempre apontou as constantes mazelas cometidas - e permitidas - contra uma população muitas vezes corrupta. O mesmo acontece em Sucupira, cidade dominada pelo não menos corrupto Odorico Paraguaçú. E não menos talentoso, Paulo Gracindo. Dentro e fora das licitações, claro. Haroldo, o 'hétero', agora poderia ser diagnosticado como mais um caso de transtorno de personalidade. De gênero ou não. Tim Tones, o pastor evangélico, capaz das maiores proezas quando o assunto é ludibriar inocentes, pode ser visto diariamente em quase todos os canais de TV. E quando se trata de enganar a boa fé alheia, nada melhor do que um Velho Zuza, um babalorixá 'painho' ou um vidente 'Divino'. Exaltar as mais de 200 criações de Chico, sua maestria como humorista e ator dramático e até como compositor, é tão fácil quanto surgir outro Santos Dumont, Pelé e até Deus, que também dizem ser brasileiro. Só a Globo não quis admitir esta realidade nos últimos anos. Afinal, para quem sofre de soberba, ninguém é tão bom...