quinta-feira, 12 de março de 2009

PERDIDOS NO ESPAÇO

Este foi, talvez, o seriado mais marcante para mim e milhões de crianças do planeta. Doutor Zachary Smith , Major West , a família Robinson, o Robô e todos os seres estranhos do universo faziam parte dessa série clássica criada nos anos 60. A família Robinson foi selecionada entre muitas outras famílias para fazerem parte de um projeto do governo dos EUA, que se resumia em enviar uma família para viver em um dos planetas da Via Láctea. Pórem, o médico da base, Doutor Smith, era um espião com a missão de sabotar o projeto Jupiter 2. Sem querer, o nosso espião ficou preso dentro da nave e foi para o espaço com a família. Smith havia sabotado o robô e programou-o para destruir o sistema de navegação. Só que não contava com a sua presença na nave. O robô cumpriu sua programação e todos ficaram vagando no espaço. E aí começam as aventuras da família Robinson em Perdidos no Espaço. A série foi criada em 1965. Na versão original em preto e branco, o doutor Smith era mal e astuto, não tinha aquele ar de canastrão que se tornou sua marca registrada na série colorida (2º e 3º fases). O robô também não tinha uma personalidade e era absolutamente frio e com diálogos limitados ao seu papel secundário. A fase em preto e branco foi pouco apresentada na Brasil, pois a TV a cores era novidade por aqui e não havia muito interesse nas velhas coisas em preto e branco. O público queria algo novo, com muitas cores e a nova fase tinha muito de cores berrantes e imagens insólitas. Com isso a série original em PB ficou esquecida. Na segunda fase o doutor Smith ganhou o ar debochado e canastrão que o marcou para o resto da série e o robô ganhou mais espaço na série, pondo os outros personagens em segundo plano. Os Robinsons nunca voltaram à terra. A série foi encerrada na terceira fase, sem o retorno para casa e muito menos o cumprimento de sua missão. O último trabalho de Jonathan Harrys que se tem notícia foi sua participação na dublagem do desenho animado Toy Story 2, fazendo a voz de um dos personagens secundários. Eu não perdia um episódio, mesmo que fosse uma reprise. Durante anos esse foi meu seriado favorito e acho que o filme não fez justiça ao seriado nem lhe chegou aos pés. Era empolgante ver os problemas enfrentados pela família Robinson, que se escontrava vagando no espaço, enfrentando seres extra-terrestres e aterrisando em muitos planetas, cada qual com suas características as mais distantes das terráqueas possíveis. Às vezes viajavam no tempo, por buracos negros, causavam desequilíbrio atmosférico ou eram perseguidos por monstros terríveis. E algumas vezes até conseguiam voltar à Terra, mas ou era em outro momento no tempo (passado ou futuro) ou entravam numa espécie de "atmo" de tempo, encontrando todos no planeta paralisados entre um milésimo de segundo e outro. Claro que tinham, então, que voltar para onde vieram e continuavam sua odisséia, tentando um dia voltar para casa. Na época os efeitos especiais eram fascinantes, a série foi minha iniciação à ficção científica, gênero do qual gosto muito até hoje, se bem que torça o nariz para certos exageros sem sentido que ocorrem em alguns desses filmes. Mas, como teoria científica, na época a história toda parecia bem plausível.