sábado, 28 de março de 2009

REPÓRTER ESSO

O Repórter Esso foi um noticiário histórico do rádio — transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio — e da televisão brasileiros. Foi o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil. Esse programa radiofônico era patrocinado por uma empresa americana chamada "Standard Oil Company of Brazil". Os locutores que fizeram maior sucesso no noticioso foram Gontijo Teodoro, Luís Jatobá e Heron Domingues. Na televisão, o noticiário, inicialmente com o nome de O Seu Repórter Esso, foi apresentado de 1953 até 31 de dezembro de 1970 na TV Tupi. O sucesso e a audiência eram tão grandes que seus apresentadores - e suas vozes - eram reconhecidos em qualquer lugar. Lembro-me de uma determinada noite, lá pelos idos dos anos 80 quando trabalhava em O FLUMINENSE, ter sido apresentado ao Gontijo Teodoro que produzia um jornal conosco e veio nos passar um material adicional para revisão. Mesmo estando longe das telas há muito tempo, sua voz era inconfundível, grave e chamava a atenção de todos.


MAIS HOMENAGEM AOS FILHOS

ETERNA PROPAGANDA

As propagandas de antigamente não chegam nem aos pés das atuais produções, mesmo porque a tecnologia era outra, o número de profissionais bem menor, a TV era em P&B, etc. No entanto, para os da minha geração, muitas estão em nossas mentes e corações até hoje. Vamos rever alguns, aproveitando para fazer um ótimo exercício de memória.



sexta-feira, 27 de março de 2009

KUNG FU

"Um jovem Mestre Shaolin perambula por uma terra inóspita em busca de seu irmão,
mas também de si próprio. Dentre os maiores perigos por ele enfrentados, não
estão os pistoleiros e nem mesmo os caçadores de recompensa, mas a
intemperança, o racismo e o preconceito humanos. Aventure-se ao lado de
Kwai Chang Caine, o Gafanhoto, nessa formidável busca ao infinito que nos habita."

SWAT

Esta era uma série sobre a unidade especial da polícia de Los Angeles chamada SWAT (Special Weapons and Tactics). A equipe da SWAT era sempre convocada para resolver situações críticas, onde os policiais comuns não tinham meios de enfrentar e vencer seus oponentes. Eram treinados para enfrentar riscos extremos e tinham habilidades que os distinguiam dos outros policiais. Essa série foi criada em 1975 e em 2003 ganhou uma nova versão em longa-metragem com o ator Samuel L. Jackson no papel principal.

OS MONSTROS X FAMÍLIA ADAMS


Os Monstros é uma série similar a outra de sucesso: A Família Addams. As principais diferenças são que os "Addams" são riquíssimos e refinados. Portanto, seu humor é focado nos exageros de uma família excêntrica. Os Monstros representa uma sátira à família de classe média americana. Gomez Addams não trabalha, é rico o suficiente. Herman sai para trabalhar todo o dia. Mortícia Addams é uma dondoca, enquanto Lily Monstro é uma dona-de-casa exemplar. A Família Addams ia ao ar pela nos EUA pela NBC, canal concorrente da ABC de Os Monstros. As duas séries estrearam praticamente juntas. Os executivos da CBS até correram para fazer com que Os Monstros chegasse antes à televisão, mas só conseguiram estrear o programa seis dias depois dos "Addams". No Brasil, Os Monstros estreou em 1966 pela TV Record. O SBT, já nos anos 80, também exibiu a série.

CELEBRIDADES

Assim como nós, várias pessoas famosas também acessam o site Mofolândia e, aqui, contam suas "aventuras" frente às telinhas (em ordem alfabética):

“Assistia Jonny Quest quando era criança. Mas sempre gostei mais de séries que de desenhos animados. À tarde, lembro que acompanhava a sessão Pim-Pam-Pum, mas não lembro em que emissora passava. Era fã de Nacional Kid, Batman, Terra de Gigantes, A Família Do-Ré-Mi, Além da imaginação, Bonanza, Os invasores, Túnel do Tempo, Viagem ao Centro da Terra e Viagem ao Fundo do Mar. Além, claro de Jeannie é Um Gênio, A Feiticeira e A Noviça Voadora. Mas na adolescência, não perdia um só episódio de Maxwell Smart, o Agente 86, e era apaixonado pela 99.”

Celso Loducca - presidente e diretor de criação da agência de publicidade Loducca, vencedores de vários prêmios e responsável por campanhas como as do Uol, Sprite, Chupa Chups, MTV e Ajinomoto, entre outros.


“Eu tenho três irmãos - Marcelo, Rodrigo e Agnaldo – e nossos horários nunca coincidiam. Então, sozinha mesma eu via os desenhos dos Smurfs, She-ra, He-Man, Jetsons e também Jeannie é um gênio. Quando volto para Jundiaí (SP), onde nasci, acabo curtindo minha sobrinha Camila e assisto com ela ao Rei Leão e Pocahontas.”

Cida Marques - modelo e atriz.


“Fiquei um ano fora da televisão e neste período, não assistia a praticamente nada. Sou do tempo de uma série que se chamava Fu Manchu, que passava no Brasil nos anos 50. Era sobre um vilão oriental que conseguia travar os planos britânicos no Oriente.“

Clodovil Hernandez - deputado, estilista e ex-apresentador de programas, que faleceu este ano e também deixou sua marca na TV brasileira



“Nasci e cresci no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e aos 5 anos eu já adorava o Pica-Pau. Meu irmão já assistia e acabávamos vendo juntos. Também gostava do Grande Show União, que tinha personagens como o Burraldo e o Epitáfio (Renato Corte Real), na Record. Hoje fico mais em estúdio gravando jingles e comerciais e vejo pouco televisão. Mas nas horas vagas, assisto aos telejornais, programa do Jô Soares, American Chopper (People&Arts), documentários do Discovery Channel e bons filmes.”

Dudu França - cantor, compositor e produtor de jingles.

“Quando era moleque, gostava dos desenhos de Hanna Barbera. E também do Pica-Pau, mas o da segunda versão. O primeiro é muito chato e neurótico. Engraçado é que meus filhos vêem a mesma coisa hoje e, como eu, também não gostam dessa versão com dublagem esquisita. Por trabalhar em televisão, não tenho muita paciência para ver os programas. Assisto pouca coisa e, quando vejo, é sempre com aquele olhar técnico para descobrir alguma idéia interessante para o Pânico.”

Emílio Surita - Emílio Surita, apresentador do Pânico na rádio Jovem Pan FM e na Rede TV!.

“Puxa, eu adorava o Incrível Hulk e a série McGyver. Eu nem tinha televisão, quando era criança lá no interior do Piauí, e ia ver na casa do vizinho. Depois, comecei a assistir aos desenhos que passavam no programa da Xuxa também. Já meu filho Ítalo é fissurado mesmo no Patolino e eu vejo sempre com ele.”

Frank Aguiar - cantor e deputado federal.


“Quando tinha uns 12 anos, ia com minha mãe à igreja só para assistir depois à Sessão Chuca-Chuca, nos cines Sabará (hoje virou o Supermercado Pastorinho, na Vila Mariana) ou Leblon (que ficava na rua Vergueiro). Nos anos 50, os festivais Tom e Jerry e os filmes da Disney, como os do Mickey e da Branca de Neve, faziam a alegria da garotada da época. Em 1962, quando eu já tinha 20 anos, meu pai comprou nossa primeira TV, mas aí eu não via mais desenhos. Hoje, TV para mim é puro lazer e gosto mesmo é de comédia, além dos desenhos, claro. Acho os Simpsons geniais, além de Jorge O Rei da Selva, Johnny Bravo e Scooby Doo. Em geral, assisto muito Boomerang, Fox Kids e Discovery Kids.”

José Paulo de Andrade - Jornalista e radialista, apresenta “O Pulo do Gato”, que está há quase 30 anos no ar na Rádio Bandeirantes.


“Nasci no Rio Grande do Sul e tenho três irmãos e todos mais novos. Então, acabávamos vendo sempre juntos os principais desenhos da TV dos 80 e 90, como Smurfs, Ursinhos Carinhosos e vários outros da Hanna Barbera. Não tenho filhos, mas por falta de tempo não consigo relembrar nada da infância para mostrar para meu afilhado.”

Josiane de Oliveira - Miss Brasil 2002 e ex-Big Brother Brasil 3.


“Quando era garoto, adorava Guerra, Sombra e Água Fresca, Ratos do Deserto, Os Jetsons, Os Flinstones, Tom & Jerry e Lassie.
Atualmente, gosto muito de American Chooper (Discovery Channel), Emeril (Food Network), Insane Cinema (Fuel TV), Star Treck, Columbo, The Honeymooners e Extreme Makeover (ABC)."

Julinho Mazzei - Radialista, produtor musical, locutor do canal por assinatura Discovery, mora atualmente em Miami - EUA.


“Quando criança, gostava muito de assistir Sítio do Picapau Amarelo e também as novelas que a Regina Duarte fazia. Apesar de me interessar por TV, via só nas horas vagas, à noitinha. Nessa época, não tinha o hábito de ver TV durante o dia. Já meu filho, Pedro Neschiling (ator) assistia TV sozinho, já que eu estava sempre trabalhando. Mas hoje, o que gosto mesmo de ver é o Chaves.”

Lucélia Santos - atriz e diretora.


“Quando criança, eu não tinha TV em casa e ia até a praça da minha cidade Osvaldo Cruz (SP) para ver Rim-Tim-Tim, Flipper, Viagem ao Fundo do Mar, Flintstones e Papa-Léguas. Para minha sorte, meus pais foram os primeiros a comprar TV na cidade e colocávamos na janela para que os vizinhos pudessem assistir. Eu costumava brincar muito na rua e assistia TV com minhas três irmãs só no período da tarde. Agora, adulta, vejo os novos seriados como Sex and the city e Will and Grace e o desenho Bob Esponja. No cinema, adorei Procurando Nemo.”

Magic Paula - (Maria Paula Gonçalves da Silva), ex-jogadora e campeã mundial de basquete


"Sempre fui fanático por seriados e desenhos. Via de tudo. Mas os meus preferidos eram: Zorro (aquele com o Sargento Garcia), Túnel do Tempo, Terra de Gigantes e Os Três Patetas. Também lembro de Shazam, Xerife & Cia. e Ultraman. Era fã dos desenhos da dupla Hanna-Barbera: os Flintstones, os Jetsons, Peter Potamus, Wally Gattor, Manda-Chuva... Mas o melhor de todos era de Johnny Quest. Até hoje, sinto arrepios quando ouço o tema de abertura. Vivia discutindo com meu irmão, que era fã de Speed Racer. O que eu acho mais engraçado é que eu via muita TV e sobrava tempo para ler livros. Hoje, vendo o canal Boomerang, percebo que gostar de desenhos vão me fazer sentir garoto para o resto da vida. Comecei até uma coleção de bonecos com vilões. Já tenho quase 40, desde Dick Vigarista até aqueles monstrengos horrorosos que atazanavam a vida de Ultraman. Agora, ao lado de meus dois filhos, vejo também os desenhos mais novos. Gosto muito de Jimmy Neutron. Ganhei até uma fita com uma coletânea de desenhos no último Dia dos Pais. De seriado, eu e minha mulher adoramos ver Seinfeld."

Marcelo Duarte - jornalista, escritor, autor da série de livros "Guia dos Curiosos" e apresentador do programa "Você é Curioso?" da rádio Bandeirantes AM.


“Nasci em 1951 e eu e meus dois irmãos, um mais velho e outro mais novo, éramos vidrados nos palhaços Arrelia e Pimentinha. Também acompanhávamos o Clube do Papai Noel, primeiro programa infantil da TV brasileira, apresentado por Homero Silva, na TV Tupi de São Paulo. Quando minha irmã Ana, que atuou comigo no Los Anggeles, era criança, eu já estava grandinho para assistir aos desenhos animados que ela gostava.”

Márcio Mendes - vocalista e coreógrafo do Trio Los Anggeles.


“Só fui comprar televisão em 1964, quando me casei, aos 22 anos. Mas já conhecia os bastidores da TV desde muito cedo. Ao lado da minha irmã, Celly Campelo, fiz o primeiro programa para jovens da TV brasileira, o Celly e Tony em Hi-Fi, em 1959. Na época, eu tinha como diversão, por exemplo, ir ao cinema assistir National Kid. Depois que comprei TV, passei a assistir futebol e o programa Astros do Disco, na Record. Também via o Troféu Roquete Pinto aos melhores do rádio e da TV, que era transmitido ao vivo. Mas meus filhos Marcelo, Luís Carlos e Mariana já pegaram outra fase e assistiram muitos desenhos animados. Hoje, há muita gente incompetente apresentando programas. Prefiro ver futebol. Mas ouço muito rádio, que considero um veículo mais preciso, mais rápido.”
Tony Campelo – cantor, produtor e precursor do Movimento Jovem Guarda. Fez muito sucesso nos anos 60 com músicas como Boogie do Bebê, Pertinho do Mar e Lobo Mau e Canário.


“Assistia muito Tom e Jerry com meu filho e minha filha. Mas, como dizia o Silvio Santos, ‘todo mundo gosta mesmo é do Pica-Pau’. Das séries, destaco o Túnel do Tempo. No entanto, minha preferida é Além da Imaginação, que eu assistia no final da década de 60, começo dos anos 70. Está passando novamente na TV por assinatura, mas eu cheguei a ver só um ou dois episódios porque gosto mesmo é da versão antiga.”

Nelson Rubens - apresentador do TV Fama, da Rede TV!



“Nasci em Morrinhos (GO) e saí de lá com 12 anos para ir para Goiânia, onde fiquei até os 17 anos, seguindo depois para o Rio de Janeiro para ingressar na carreira artística. Sempre fui ligado em música e aos 12 anos montei uma banda para imitar os Beatles, então não sobrava tempo para ver TV. À noite, ainda via um pouco dos programas de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, e a Jovem Guarda, com Roberto Carlos, na Record. Tudo na TV em preto e branco. Depois de adulto é que comecei a prestar mais atenção à TV e vejo muitos programas jornalísticos ou bons filmes. Mas quando meu filho Odair Júnior era criança, assistia com ele os desenhos He-Man, She-ra, Cavaleiros do Zodíaco e Jaspion. Ele até ganhou uma bicicleta no programa do Bozo. Já meu outro filho, Raphael, pegou a Era da TV a cabo e juntos assistimos ao Bob Esponja, no Cartoon Networks.”

Odair José - cantor e compositor


“Quando minha filha Perlinha era criança, eu já fazia muitos shows e ela gostava de assistir aos programas de TV em que eu participava cantando. Muitas vezes, deixava de ver desenhos como o dos Flintstones ou de ler gibis da Mônica para assistir e gravar esses programas. Mas com a filha dela, minha neta Natalie, assistimos juntas ao Castelo Rá-Tim-Bum e outras séries da TV Cultura.”

Perla - cantora.



"Quando eu era garoto, nos anos 40, costuma freqüentar as matinês do cinema de minha cidade natal, South Shields, na Inglaterra. Cantávamos o hino do cinema (cantarola a melodia)... Quando a luz se apagava começavamos uma guerra de objetos no escuro. Eu adorava asssistir Tom Mix, O Gordo e o Magro e Our Gang, todos seriados mudos. Começou ali minha paixão pelo cinema."

Ridley Scott - Diretor, produtor, roteirista e ator inglês, teve grandes sucessos no cinema, entre eles: Alien , Blade Runner, Thelma & Louise, Hannibal e Gladiador.


"Nasci no Rio de Janeiro, no bairro das Laranjeiras. Quando era bem pequena gostava de assistir vários desenhos como os da Disney, especialmente os do Pato Donald e do Mickey. Mas eu também via Jetsons e National Kid. Estudava de manhã e à tarde, me divertia vendo televisão. Fui criada com a companhia da telinha. Hoje, está muito difícil assistir TV, mas quando posso vejo os telejornais e filmes."

Rita Cadilac - atriz, cantora e ex-chacrete.



"Meu pai não deixava ver televisão quando eu era criança, então o jeito era apelar para o "televizinho", ou seja, assistir programas na casa dos vizinhos. Eu gostava muito do Pica-Pau, também adorava I Love Lucy com a Lucille Ball, Rin Tin Tin, Lanceiros de Bengala, A Feiticeira, Jeannie é um Gênio, Cidade Nua e Além da Imaginação. Nos anos 70, eu sentia um fascínio especial pela Mulher Biônica, não sei porque, acho que era pela beleza da Lindsay Wagner. Também gostava muito da Mary Tyler Moore. Esses eram os meus programas favoritos."
Rubens Edwald Filho - Jornalista e crítico de cinema, apresentador do Oscar pelo SBT.


“Elo Perdido, Canal 20, Profissão Perigo (McGyver), Bozo, As Panteras, A Feiticeira, Jeannie é um Gênio, Os Três Patetas e O Gordo e o Magro freqüentavam a TV lá de casa. E, claro, aos domingos, todos os programas apresentados por Silvio Santos, principalmente o imperdível Show de Calouros. Lembro também que me fantasiei por muitos carnavais de Mulher Maravilha, série que eu não perdia um episódio. Dos seriados mais recentes, vejo e revejo Sex and the City (queria que tivesse mais temporadas) e 24 Horas, entre outros.”

Sabrina Parlatore – apresentadora do Vitrine (TV Cultura), cantora e modelo.


“Na infância, eu, meu irmão e minha irmã víamos TV lá em Penápolis (SP), onde nasci. Assistíamos Glub, Glub, Rá Tim Bum, Caverna do Dragão, TV Pirata e Armação Ilimitada. E também adorava o Fofão, Simony e Jairzinho, do Balão Mágico. Hoje, meus sobrinhos gostam mesmo é de desenho japonês.”

Sabrina Sato - apresentadora do Pânico na rádio Jovem Pan FM e na Rede TV!


"Quando eu era criança via quase tudo. Mas os mais antigos como os Flintstones, a Turma do Pernalonga, Scooby Doo e Pica-Pau eram os meus preferidos. Eu gostava prá caramba do Urso do Cabelo Duro e o do Fantasminha Legal, que não faziam tanto sucesso assim. Seriados, via Jeannie, A Feiticeira, Agente 86 e Zorro (versão da Disney). Aliás, não perdia um episódio de Disneylândia. Normalmente eu assistia TV com meu irmão, que é um alguns anos mais velho, ou então sozinha mesmo. Assistia desenhos e filmes, principalmente os da Sessão da Tarde, debaixo de uma "cabaninha" que minha mãe montava com uma coberta jogada por cima do sofá e sobre algumas cadeiras. E como era sonhadora (como sou até hoje) ficava imaginando que eu vivia as situações dos filmes, cantarolando pelo quintal, que era bem grande. Ou então, brincava com minhas bonecas, que acabavam virando protagonistas das minhas histórias. Meu cachorro, às vezes, era o monstro que ameaçava as heroínas. Ainda bem que ele era bonzinho..."

Silvania Alves - jornalista, radialista, apresentadora de vários programas da Rádio Bandeirantes AM, entre eles "Você é Curioso?" (com Marcelo Duarte) e "Primeira Hora" e produtora da Central Bandeirantes de Jornalismo.


“Quando era bem pequenininha, eu não perdia o Sítio do Picapau Amarelo, que passava sempre antes de eu dormir, às 18 horas. Depois, já com sete ou oito anos, entre as aulas de balé de manhã e a escola, à tarde, eu via desenhos na hora do almoço. Gostava de Smurfs, He Man, She-Ra, Flintstones, mas os favoritos eram Jetsons e Jaspion, que eu assistia com meu irmão no final da tarde.”
Suzana Alves (Tiazinha) - modelo, atriz e cantora.


“Na minha infância, lá em Santa Luzia, em Minas Gerais, onde eu nasci, não via muita TV. Preferia brincar na rua com a criançada. Mas aí, já aos 13 anos de idade, minha mãe teve que trabalhar e eu, como mais velho, precisava cuidar dos meus três irmãos. E tinha que ficar dentro de casa! Foi aí que descobri a televisão e passei a ver muita coisa legal, tipo Perdidos no Espaço, Recruta Zero e Herculóides.”
Tom Nascimento - vocalista da banda Berimbrown.


“Sou paulistano criado na Mooca, mas fui para o Rio em 1969, morar na casa do ator e comediante Oscarito. Lá, com 14 anos, eu assistia e adorava Pica-Pau. Mas via também Capitão Aza (o “Z”, era para homenagear um herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, conhecido entre os aviadores como AZA) na TV Tupi, e nem poderia imaginar que, anos depois, acabaria conhecendo o protagonista, Wilson Vianna. Quando eu integrava a dupla Tony e Frank, uma noite fomos nos apresentar no programa Flávio Cavalcanti, também na Tupi, e qual não foi a surpresa ao encontrar o próprio Capitão Aza, que fazia parte do júri. Mas eu também gostava de assistir na TV Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, Terra de Gigantes, Lassie, Rin-Tin-Tin e Bat Masterson. Mais recentemente, me interessei por Jornada nas Estrelas. Meus quatro filhos, de 8 a 16 anos, gostam dos desenhos do Cartoon, Jetix e Nickelodeon, mas eu acho que os antigos eram melhores. Atualmente, há muita pancadaria e luta de poder sem dar espaço para a disputa e a importância de competir, não só de ganhar. Por isso, acabo assistindo mais séries e programas como Lei e Ordem, Caçadores de Mitos e Arquivos do FBI.”
Tony Bizarro - cantor, compositor e produtor. Foi um dos pioneiros da black music brasileira nos anos 70.


“Nasci em 1951, um ano depois do surgimento da televisão no Brasil. Então, fui da primeira geração que cresceu assistindo TV. Gostava de ver séries como Batman, Zorro, Planeta dos Macacos, Papai Sabe Tudo, Jeannie é um Gênio, Histórias Extraordinárias e Capitão 7. Mas meu preferido até hoje é o Agente 86, porque ele tem um senso crítico interessante. Entre os desenhos, lembro bem do Manda-Chuva e adorava o Mutley, o cachorro do Dick Vigarista. Hoje, de vez em quando ainda assisto o Cartoon Networks, mas prefiro o cinema. Meus desenhos inesquecíveis são os da Disney, como A Dama e o Vagabundo e Guerra dos Dálmatas.”

Washington Olivetto - presidente e diretor de criação da W/Brasil.

GUERRA, SOMBRA E ÁGUA FRESCA

Sequência de abertura do piloto da série cômica HOGAN'S HEROES estrelada por Bob Crane, originalmente exibida de 1965 a 1971 pela CBS Television (USA).
Uma comédia sobre um grupo de soldados, prisioneiros em um campo de concentração alemão na Segunda Guerra Mundial, o campo 13. O coronel Hogan comanda seus soldados-prisioneiros em atrapalhadas situações, tentando fugir das garras do sargento Shutz e de seu comandante de monóculo. Situações patéticas e fugas desastradas eram frequentes. A série foi ao ar no período de 1964 a 1972 nos EUA e no Brasil nos anos 70 e início dos 80 transmitida pela TV Tupi, canal 6, Rio. O ator que fazia o papel de Hogan, Bob Crane, era conhecido no mundo artístico como extremamente mulherengo, o que possivelmente causou seu misterioso assassinato. O crime até hoje não foi solucionado.

quinta-feira, 26 de março de 2009

ESCRAVA ISAURA


Pensou em novela, logo nos vem à cabeça aquela que foi outro marco da teledramaturgia e alcançou sucesso em todos os países onde foi exibida. A "pequena" Lucélia Santos mostrou a todos a força de um ideal. Vale à pena relembrar...

NOVELAS DAS 10

Cenas do primeiro capítulo da novela O Espigão (de Dias Gomes, 1974). Lauro Fontana (Milton Moraes) quer construir um grande prédio, o Fontana Sky, mas precisa convencer a família Câmara a vender a casa onde eles moram. Os irmãos Câmara (Carlos Eduardo Dolabella, Wanda Lacerda, Suzana Vieira, Ary Fontoura) não concordam por motivos diversos. Dias Gomes sempre trazia temas sociais e polêmicos para suas novelas e essa vinha com vários: o progresso, a especulação imobiliária, a desumanização das cidades, o poder, adultério, inseminação artificial, que ele pode tratar com surpreendente liberdade, considerando a censura da época, mesmo no horário das 10 da noite. Esta novela marcou a vida de muita gente boa.

SARAMANDAIA

Outra paixão nacional, as novelas prendiam - como ainda prendem - a atenção de milhões de telespectadores de todo Brasil, além do sucesso internacional. Novela de grande repercussão, Saramandaia foi exibida no horário das 22 horas, também considerado nobre tamanha a audiência que a teledramaturgia brasileira alcançava. Delicie-se com esta ficção que explodia mulher, fazia formigas saírem do nariz e homem virar lobisomem,etc.

SÉRIES POLICIAIS

Muitos foram os seriados, estilo policial, nas décadas de 60 e 70. Baretta, Columbo, Kojak, Missão Impossível, São Francisco Urgente e Cannon estavam entre eles. Fã de todos, até hoje revejo seus episódios com a mesma atenção que merecem por possuirem característica de suspense sempre com boa dose de humor. Seguindo a mesma linha, com menos piadinhas, talvez pela seriedade do ator Jack Lord, Havaí 5.0 prendia nossa atenção nas noites da TV Globo com o mesmo entusiasmo. A introdução, com a onda enorme e as bonitas "nativas" havaianas, também levavam ao delírio os garotos, hoje chamados de "tiozinhos".

BAT MASTERSON

Bat Masterson era um lendário homem da lei do século XIX, que usava roupas finas, bengala, chapéu e uma típica gravata sulista. Era um talentoso jogador de pôquer e um perfeito cavalheiro com as mulheres. Devido a tais atributos, era sempre visto com maus olhos pelos pistoleiros e arruaceiros da região, que faziam pouco caso de seu estilo "almofadinha". O que eles não sabiam era que Bat Masterson era um grande pistoleiro, um lutador e tinha armas secretas como uma espingarda disfarçada de bengala que o tirava de situações de risco.
O ator Gene Barry estrelou essa série de 1958 com grande sucesso, inclusive no Brasil. Gene Barry também interpretou na TV o papel principal do seriado Inspetor Burke (Burke`s Law).
A primeira exibição dessa série foi feita pela TV Record (fonte:mofolândia)

BONANZA

Johnny Cash - Bonanza & Five Feet High and Rising

Quando o produtor David Dortort vendeu a ideia a NBC de criar Bonanza, ele pensava que poderia fazer algo realmente diferente dos esquemas televisivos da época e mudar a velha fórmula dos westerns. O que ele não imaginava é que estava criando um verdadeiro fenômeno que perduraria no ar por incríveis 14 anos, com um impacto igual ao do primeiro dia de exibição nas TV de todo os Estados Unidos e, imediatamente após. Disseminado ao redor do mundo, seus personagens passaram a ser idolatrados por milhões de fãs. Bonanza é mais do que um simples bang-bang sobre um homem e seus três filhos, trabalhando como uma família, na rústica e violenta era do Velho Oeste. Bonanza se tornou um pedaço de tudo aquilo que forjou a cultura americana. Ben Cartwright e seus filhos Adam, Hoss e Little Joe tornaram-se nomes familiares, inclusive para pessoas que nem haviam nascido. Desde quando o seriado estreou pela primeira vez, o tema de abertura se tornou imediatamente reconhecido em qualquer lugar. E continua assim para muita gente.
(E você? Prefere qual abertura para o seriado?)

segunda-feira, 23 de março de 2009

MAMÃE CALHAMBEQUE

Esse é do arco da velha. Desde que a velha era um calhambeque. Este seriado - e sua trilha sonora - fazia um sucesso danado. Ele, o Cavalo Edie, Os Astronautas e outros que, se não me engano, passavam na TV Globo (4), do Rio. Para a garotada de hoje, podem parecer sacais mas nos prendiam em frente à telinha. Mate as saudades. Ou, se não gostar, troque de canal. Só não pode matar o calhambeque nem sua mãe...

domingo, 22 de março de 2009

SEMPRE ATUAL

O gato Tom usa o rato Jerry como uma de suas bolas de bilhar. Mas Jerry se vinga e coloca um alfinete na ponta do taco de bilhar. Quando Tom está para acertar o rato indefeso, Tom leva um golpe que ele nunca vai esquecer.

DESENHOS ANOS 80

Apesar de não serem bem da minha geração, estes desenhos são apreciados até hoje e continuam fazendo a cabeça de muita gente. Inclusive de meus filhos, que viveram outra boa fase da criatividade dos artistas da animação e dos quadrinhos.

SITES SUGERIDOS

Quem viveu a infância ou adolescência nos anos 60, 70 e 80 certamente vai se deleitar com esses sites ai embaixo, que são cheios de informações sobre os antigos seriados da TV.
As músicas, fotos e vídeos de abertura de programas tais como He-man, Caverna do Dragão, Rin-tin-tin, Lessie, Daniel Boone e Jornada nas Estrelas podem ser relembrados e revividos, trazendo de volta momentos marcantes da história da televisão.
E para as noveleiras e os noveleiros de plantão, há um site especial só com as letras das músicas que fizeram parte das trilhas sonoras dos folhetins. Confiram:

RETRÔ TV (http://retrotv.uol.com.br)
Fotos, guias de episódios, links e videos dos seriados e desenhos animados antigos, que encantaram várias gerações.


MOFOLÂNDIA (http://www.mofolandia.com.br/index_anime.htm)
Sua Infância está de volta! Entrevistas, trívia, informações sobre celebridades do passados, músicas e cantores, desenhos, seriados e muito mais.


TELEVISION TUNES (http://www.televisiontunes.com)
Lembra da música de abertura daquele seriado que você costumava ver depois da novela das 8, toda terça-feira? Não? Você poderá refrescar sua memória com esse ótimo site, que tem uma imensa coleção de temas dos programas antigos da TV.

TV INTROS (http://www.tv-intros.com)
Neste site você poderá recordar os vídeos de abertura de praticamente todos os seriados da TV, em todos os tempos.


LETRAS DE NOVELAS (http://www.letrasdenovelas.net)

O nome já diz tudo... o site é especializado nas letras das músicas que fizeram parte das trilhas sonoras nacionais e internacionais das novelas brasileiras.

Outros sites: (é só digitar no google...)
SeriadosAntigos.com
Portal Ruiz Filmes Antigos
Blog Séries e Desenhos
Lista de Telenovelas Brasileiras
Lista de Telenovelas Portuguesas
Lista de Telenovelas Mexicanas
O Brasil na Telenovela
Teledramaturgia.com.br
Blog Televisionado
TeleHistória
Cinostalgia.blogspot.com
youtube.com

ABERTURA DO CLUBE MARVEL

HERÓIS MARVEL



Você se lembra do Clube Heróis Marvel exibido na Tupi? Eram desenhos do Thor, Namor, Hulk e Homem de Ferro - em seguida o Capitão América - , os quais nos levavam às mais animadas aventuras. Lembro-me de colecionar tudo relacionado a eles, inclusive os bonecos de borracha (cada um numa cor) de cerca de 30 cm adquiridos nas Casas Americanas. Os tinha como os "salvadores do universo", numa verdadeira prova de que a pareidolia existe. De todos, o que mais me levava a sonhar com combates contra "as injustiças do sistema solar" era o quase mitológico Thor. Não que os outros também não fossem os paladinos guardiões do planeta Terra... Às vezes, fico pensando se com eles não estaríamos mais protegidos contra a corrupção de políticos e a perversa natureza das pessoas que possuem os mais variados desvios, que já começa a ameaçar as pessoas de bem.

segunda-feira, 16 de março de 2009

NATIONAL KID (ABERTURA EM PORTUGUÊS)

NATIONAL KID

Taí outro seriado preferido por toda a molecada. Lembro que, nessa época, (anos 60) a preferência por este herói da TV e dos quadrinhos era dividida, apenas, com o Super-Homem. Na rua discutíamos quem era o melhor. Existia, até, uma brincadeira: o Super-Homem voa assim...(braços esticados) e o National Kid assim...(braços abertos atingindo o rosto dos "coleguinhas"). Brincadeiras à parte, nunca chegamos a uma conclusão e as discussões ficavam sempre bastante acaloradas. A intenção desta página é oferecer o máximo de informações possíveis que eu for encontrando por aí. E para ser totalmente sincero está sendo bastante difícil, pois o acervo está cada vez mais sumido. Mas, aos poucos, vou conseguir chegar aonde estou pretendendo.

domingo, 15 de março de 2009

VIAGEM AO FUNDO DO MAR (4ª TEMPORADA)

VIAGEM AO FUNDO DO MAR (A CRIAÇÃO)

Os anos 1960 foram palco de uma grande quantidade de séries de televisão com temática de ficção científica e horror que povoaram durante anos o imaginário dos fãs com seus incríveis mundos de fantasia. Em especial, um lendário e veterano produtor falecido em 02/11/1991 aos 75 anos de idade, Irwin Allen, foi o responsável por quatro das mais divertidas séries do gênero fantástico de todos os tempos.
São elas: "Viagem ao Fundo do Mar" (Voyage to the Bottom of the Sea, 1964/68), "Perdidos no Espaço" (Lost in Space, 1965/68), "Túnel do Tempo" (The Time Tunnel, 1966) e "Terra de Gigantes" (Land of the Giants, 1968/69).
"Viagem ao Fundo do Mar" teve um filme piloto lançado em 1961 e um livro homônimo escrito por Theodore Sturgeon com base em manuscrito de Irwin Allen e lançado na mesma época. O filme foi produzido e dirigido por Irwin Allen, motivado após o sucesso de seu trabalho anterior, "O Mundo Perdido" (The Lost World, 1960), com história de dinossauros ambientada na Amazônia brasileira baseada em obra homônima de Arthur Conan Doyle.
Em "Viagem ao Fundo do Mar", um poderoso submarino atômico chamado "Seaview" tem a importante missão de salvar o mundo de uma ameaça da natureza, a incineração do planeta devido à radiação provocada por um cinto espacial recém descoberto. A tripulação era formada por militares e civis que viajavam à bordo do submarino para realizar pesquisas e missões militares especiais. Seu comando era do Almirante Harrigan Nelson (Walter Pidgeon, de "Planeta Proibido"/1956), juntamente com os demais oficiais, o Capitão Lee Crane (Robert Sterling), o Comandante Lucius Emery (Peter Lorre, de "O Corvo"/1963), a psicóloga Dra. Susan Hiller (Joan Fontaine), a Tenente Cathy Connors (Barbara Eden, da série de TV da década de 1960 "Jeannie é um Gênio"), o cientista civil Miguel Alvarez (Michael Ansara), e o Tenente Chip Romano (o cantor pop Frankie Avalon). O filme foi um grande sucesso e impulsionou Allen a transformá-lo em série de televisão, motivado pelo baixo custo de produção (exigência dos executivos da Fox) e por economizar nos gastos utilizando muito material aproveitado do filme, como cenários e maquetes das naves.
Para a série foram chamados outros atores, com exceção de Del Monroe e Mark Slade, os únicos a participarem de ambas as produções. Monroe era o marujo Kwoski do filme e passou a ser Kowalski na série, um tripulante com bastante destaque em vários episódios. Slade participou apenas do primeiro ano da série como o marujo Malone.
Para o papel do Almirante Nelson foi convocado o ator shakespereano Richard Basehart, o imediato em comando Capitão Crane ficou para David Hedison (de "O Mundo Perdido"/1960), o chefe Chip Morton foi interpretado por Bob Dowdell, e o chefe Francis Sharkey ficou para Terry Becker.
A série teve 110 episódios de 50 minutos de duração cada, num total de 4 temporadas produzidas entre 1964 e 1968. A primeira temporada foi produzida em preto e branco e as histórias eram mais "sérias", abordando temas de espionagem, sabotagem e thrillers psicológicos. Pressionado para aumentar os índices de audiência, Irwin Allen modificou o estilo dos episódios a partir do segundo ano e houve a inclusão de cores e as histórias agora eram mais "fantasiosas", apresentando uma enorme variedade de monstros de todos os tipos, das profundezas desconhecidas dos oceanos à imensidão do infinito e inexplorado espaço sideral, além de fantasmas, assombrações e alienígenas hostis. Foi acrescentado também uma nave futurista (a série era ambientada num futuro próximo à sua época de produção, algo em torno de 1980, o que curiosamente já é um passado distante para nós) chamada de "Sub-voador", responsável pelas missões que necessitavam de maior flexibilidade nas ações, já que é um veículo pequeno que voa e navega sob as águas com a mesma performance.

VIAGEM AO FUNDO DO MAR (ABERTURA)

1972 - Selva de Pedra (Abertura)

CASO ESPECIAL DA GLOBO (O Nº 1)

Cena do 1º "Caso Especial" produzido pela TV Globo, exibido a 10 de Setembro de 1971, às 20h30. Escrito por Janete Clair, direção de Walter Campos e produção de Daniel Filho, ganhou o título de "Número Um". Com os atores Reinaldo Gonzaga (por onde andas?) e Regina Duarte ( a eterna "namoradinha do Brasil")

sábado, 14 de março de 2009

VOLTA AOS ANOS 60

TRIBUTO A IRWIN ALLEN


A década de 60 foi marcada por inúmeras séries de ficção-científica que hoje são consideradas clássicas como Jornada nas Estrelas, Os Invasores, Quinta Dimensão e por quatros obras do produtor Irwin Allen: Viagem ao Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, O Túnel do Tempo e Terra de Gigantes. Falaremos nesta matéria sobre o responsável por estas quatro imortais séries. O diretor e produtor Irwin Allen nasceu em New York no dia 12/06/1916 (notem que esta data é a que ocorre o primeiro episódio de Terra de Gigantes, com o vôo fatídico da nave Sprindrift - 12/06/1983).
Allen estudou jornalismo e publicidade na Universidade de Columbia e desde sua infância foi fascinado pelo universo da aventura, fantasia e da ficção-científica, sendo voraz leitor dos livros de Jules Verne, Jonathan Swiff, Rudolf Wyss, H. G. Wells, Lewis Carrol, etc. As obras destes clássicos escritores da literatura mundial, que povoaram o imaginário do jovem Allen, iriam permear os seus trabalhos no cinema e televisão, mencionando que deles derivaram suas quatros séries clássicas: Viagem ao Fundo do Mar ("20 Mil Léguas Submarinas", Jules Verne), Perdidos no Espaço ("A Família Robinson", Rudolf Wyss), O Túnel do Tempo ("A Máquina do Tempo", H. G. Wells) e Terra de Gigantes ("As Viagens de Gulliver", Jonatham Swiff).O novaiorquino sempre foi um homem obstinado, onde o seu ego dava limitada margem para que os companheiros de produção como atores, diretores e roteiristas, tomassem direção própria, com rara exceção dada ao personagem Dr. Smith, moldado por seu interprete, Jonathan Harris, outra personalidade com forte ego. Ao assistir as imagens de Irwin Allen dirigindo as cenas de ação dos longas "O Destino do Poseidon" e "Inferno na Torre", nota-se a sua enorme energia, ego e pulso forte emanado.
Irwin Allen tornou-se órfão com 12 anos. Isto contribuiu muito para moldar a sua personalidade, ficando pouco arredio a eventos sociais e entrevistas, como informa o amigo e escritor Arthur Weiss em uma entrevista para a revista Starlog. Entretanto, estas vicissitudes da vida deram a Irwin Allen um grande tino comercial e uma visão de poucos privilegiados de estar à frente de sua época. O seu círculo de amizade era quase fechado, integrado por personalidades como o apresentador Steven Allen, o comediante Groucho Marx (co-produtor de Perdidos no Espaço, sob o pseudônimo de Van Bernard), o escritor William Welch, o figurinista Paul Zastupnevitch, o assistente de produção Al Gail, o ator Red Buttons e a esposa Sheila Mathews (Allen).
Depois de concluir a universidade, com sua tenacidade, Irwin Allen viajou para Hollywood onde trabalhou como editor de revista (Key Magazine), escritor, produtor radiofônico (estação KLAC), colunista de celebridades do cinema (Hollywood Merry-Go-Round) e dono de uma agência literária. Através desta agência, manteve contatos com várias pessoas importantes do rádio, televisão e cinema, além de representar escritores como Fanny Hurst ("Imitação da Vida") e Ben Hecht, que escrevia freqüentemente com a colaboração de Charles MacAthur.
O tempo prosseguia em sua marcha. Irwin Allen chega a grande tela com a produção de sua comédia "Isto Sim Que é Vida" ("Double Dynamite", 1951) com Frank Sinatra e seu amigo por muitos anos, Groucho Marx. Outras produções desse início são "Trágico Destino" ("Where Danger Lives", 1951) com Robert Mitchum e Claude Rains, além de outra comédia com Groucho Marx, "Uma Mulher em Cada Porto" ("A Girl Every Port", 1952). Também é dessa época o filme rodado em 3-D, "Dangerous Mission". "Trágico Destino" marca a colaboração do escritor Charles Bennett com Irwin Allen. Bennett, que escreveu várias histórias para o mestre Sir Alfred Hitchcock, além de escrever roteiros de filmes para Allen, também escreveu episódios para as séries Viagem ao Fundo do Mar e Terra de Gigantes.
Nos anos 60, Irwin Allen produz e dirige o remake "O Mundo Perdido" (The Lost World) agora na Twentieth Century-Fox. Este filme traz o padrão que seria a tônica em todas as suas quatro séries clássicas, especialmente no item economia, sendo utilizadas várias cenas desta produção (footage): dinossauros, monstros, vulcanismo, etc. O ano de 1961 marca o aparecimento da longa "Viagem ao Fundo do Mar" (Voyage to the Bottom of the Sea), com Peter Lorre, Michael Ansara, Barbara Eden e Joan Fontaine. No ano seguinte, lançou "Cinco Semanas Num Balão", que foi um fracasso. Hollywood estava mudando. A temática da grande tela estava se direcionando para as questões sociais deixando um pouco de lado enredos de aventura, fantasia e especialmente ficção-científica. A televisão aparece como a grande opção para Irwin Allen desenvolver o seu mundo fantástico.
Em 1964, Viagem ao Fundo do Mar se torna uma série estrelada por Richard Basehart e David Hedison, tendo uma jornada de quatro prósperos anos. Os episódios realizados em preto e branco, apresentando as aventuras dos tripulantes do submarino atômico Seaview, eram um pouco mais sérios que os das últimas temporadas e coloridos como "O Homem Lagosta", "Os Duendes" e "A Volta do Barba Negra". Contudo, Viagem ao Fundo do Mar se torna uma série clássica que vence o tempo, maravilhando gerações.
Chega o ano de 1965 e as famílias do mundo inteiro começam a entrar em contato com Perdidos no Espaço (Lost in Space) que trata das aventuras da família Robinson e do piloto da nave Júpiter II, Donald West, que são enviados para o espaço afora deixando para traz a superpovoada Terra. No piloto não exibido - "No Place to Hide" -não existiam os dois personagens que marcariam a série: o Robô e o Dr. Zachary Smith. Os executivos da Rede CBS acharam que seria melhor colocar um vilão (Dr. Smith) que potencializaria as histórias e que a priori iria acompanhar as aventuras dos Robinsons até o sexto episódio, fato que não ocorreu devido à perspicácia de Jonathan Harris em salvar o personagem Smith da morte (corte). Um robô foi também adicionado e juntamente com o anti-herói mais amado da tevê, o Dr. Smith, se tornaram as estrelas do espetáculo. Como ocorreu com Viagem ao Fundo do Mar, a ênfase séria dos episódios em preto e branco cede com advento do colorido a histórias cômicas e bizarras. Esta é a contribuição da série concorrente e de humor camp Batman. Perdidos no Espaço tem o grande mérito de trazer para o mundo de Irwin Allen o grande músico e maestro John Williams.
O Túnel do Tempo (The Time Tunnel) era um projeto ambicioso sobre viagem no tempo. Esta série de apenas 30 episódios que utilizava footages de antigas produções, foi estrelada por James Darren, Robert Colbert, Lee Meriwheter, Whit Bissel e John Zaremba. Uma vez foi perguntado a Paul Zastupnevich qual era a série favorita de Irwin Allen. Ele respondeu que Allen era muito parcial com O Túnel do Tempo e ficou muito desapontado com o seu fim precoce devido a queda de audiência.
Em 1967 surge a mais cara e arrojada série da televisão de então, Terra de Gigantes (Land of the Giants). O elenco encarregado de encenar nos grandes e fantásticos cenários retratando um planeta habitado por uma civilização humana de gigantes foi Gary Conway, Don Marshall, Don Matheson, Stefan Arngrim, Deanna Lund, Heather Young e Kurt Kaznar. Durante duas temporadas, os pequeninos foram perseguidos pelos gigantes de uma civilização de governo autoritário escudado pelo seu serviço de segurança, o S.I.D., comandado pelo inspetor Kubick (Kevin Hagen).
Chega a década de 70 e Irwin Allen ganha a reputação de "Mestre dos Desastres", com os proeminentes filmes de suspense e ação, "O Destino do Poseidon" (The Poseidon Adventure, 1972) e "Inferno na Torre" (The Towering Inferno, 1974). O elenco de ambas produções era uma galáxia e Irwin Allen recebeu o título de chefe-bombeiro honorário em 73 cidades americanas, devido a "Inferno na Torre". Após, vieram duas séries inferiores em relação as quatro anteriores, A Família Robinson (The Swiss Family Robinson) e Código R (Code R), além dos filmes-desastres "O Enxame" (The Swarn, 1978), "O Dia em que o Mundo Acabou" (When Time Ran Out, 1980) e "O Retorno Dramático no Poseidon" (Beyond the Poseidon Adventure, 1979). Allen também transfere a sua teoria de desastres, "enquanto existirem seres humanos neste planeta, haverá tragédias na vida real; as pessoas os chamam de filmes-catastrofes, mas na realidade são filmes de grandes aventuras com elementos de tragédia e crise", para a televisão gerando "Inundação" (Flood, 1976), "Fogo" (Fire, 1977), "Soterrados" (Cave-In, 1983), entre outros. Os seus últimos trabalhos foram a minissérie "Alice no País das Maravilhas" (Alice in Wonderland, 1985) e um filme atípico de suas produções anteriores, "Outrage" (1986), um drama de tribunal.
O "Jules Verne da televisão" vinha idealizando vários projetos, como a criação de seu parque de diversão temático, nova versão de Pinóquio e Perdidos no Espaço, mas, infelizmente, o seu tempo entre nós esgotou-se e faleceu no dia 02/11/1991 em Malibu, Califórnia. A notícia do falecimento de Irwin Allen foi ofuscada pela morte dias antes do produtor e criador de Jornada nas Estrelas, Gene Roddenberry. Com certeza, o ano de 1991 marca a partida de dois dos grandes gênios da ficção-científica da televisão.
Irwin Allen deixou um legado igualável a poucos. É só pesquisar quantos bons diretores e/ou produtores levantaram um Oscar (usando este prêmio de referência). Ele teve uma dúzia de indicações e ergueu em cinco oportunidades a estatueta muito cobiçada no meio artístico. Que sua memória seja preservada por todos os seus trabalhos e cabe aos seus admiradores espalhados pelo mundo mantê-la acesa.


Marcus Anversa




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MOFOLÂNDIA MESMO!

SÓ VINHETAS

SE LEMBRA?

quinta-feira, 12 de março de 2009

PERDIDOS NO ESPAÇO

Este foi, talvez, o seriado mais marcante para mim e milhões de crianças do planeta. Doutor Zachary Smith , Major West , a família Robinson, o Robô e todos os seres estranhos do universo faziam parte dessa série clássica criada nos anos 60. A família Robinson foi selecionada entre muitas outras famílias para fazerem parte de um projeto do governo dos EUA, que se resumia em enviar uma família para viver em um dos planetas da Via Láctea. Pórem, o médico da base, Doutor Smith, era um espião com a missão de sabotar o projeto Jupiter 2. Sem querer, o nosso espião ficou preso dentro da nave e foi para o espaço com a família. Smith havia sabotado o robô e programou-o para destruir o sistema de navegação. Só que não contava com a sua presença na nave. O robô cumpriu sua programação e todos ficaram vagando no espaço. E aí começam as aventuras da família Robinson em Perdidos no Espaço. A série foi criada em 1965. Na versão original em preto e branco, o doutor Smith era mal e astuto, não tinha aquele ar de canastrão que se tornou sua marca registrada na série colorida (2º e 3º fases). O robô também não tinha uma personalidade e era absolutamente frio e com diálogos limitados ao seu papel secundário. A fase em preto e branco foi pouco apresentada na Brasil, pois a TV a cores era novidade por aqui e não havia muito interesse nas velhas coisas em preto e branco. O público queria algo novo, com muitas cores e a nova fase tinha muito de cores berrantes e imagens insólitas. Com isso a série original em PB ficou esquecida. Na segunda fase o doutor Smith ganhou o ar debochado e canastrão que o marcou para o resto da série e o robô ganhou mais espaço na série, pondo os outros personagens em segundo plano. Os Robinsons nunca voltaram à terra. A série foi encerrada na terceira fase, sem o retorno para casa e muito menos o cumprimento de sua missão. O último trabalho de Jonathan Harrys que se tem notícia foi sua participação na dublagem do desenho animado Toy Story 2, fazendo a voz de um dos personagens secundários. Eu não perdia um episódio, mesmo que fosse uma reprise. Durante anos esse foi meu seriado favorito e acho que o filme não fez justiça ao seriado nem lhe chegou aos pés. Era empolgante ver os problemas enfrentados pela família Robinson, que se escontrava vagando no espaço, enfrentando seres extra-terrestres e aterrisando em muitos planetas, cada qual com suas características as mais distantes das terráqueas possíveis. Às vezes viajavam no tempo, por buracos negros, causavam desequilíbrio atmosférico ou eram perseguidos por monstros terríveis. E algumas vezes até conseguiam voltar à Terra, mas ou era em outro momento no tempo (passado ou futuro) ou entravam numa espécie de "atmo" de tempo, encontrando todos no planeta paralisados entre um milésimo de segundo e outro. Claro que tinham, então, que voltar para onde vieram e continuavam sua odisséia, tentando um dia voltar para casa. Na época os efeitos especiais eram fascinantes, a série foi minha iniciação à ficção científica, gênero do qual gosto muito até hoje, se bem que torça o nariz para certos exageros sem sentido que ocorrem em alguns desses filmes. Mas, como teoria científica, na época a história toda parecia bem plausível.

POR ONDE ANDAS, MAJOR NELSON?


Às vezes um ator ou uma atriz têm a sua vida marcada por um personagem que interpretou no cinema ou na televisão. Mas Larry Hagman, que nasceu no Estado da "estrela solitária", o Texas, teve a sorte de interpretar dois personagens muito populares na tevê: o Major Nelson - na série Jeannie é um Gênio -, e o grande vilão JR Ewing na série Dallas. Nascido em 1931, Larry Martin Hageman é filho da grande atriz de teatro Mary Martin. Poucos sabem, mas Mary possuía uma casa no Brasil, no Estado de Goiás, lugar que ela apreciava muito e visitava muitas vezes com Larry, em férias. Com o divórcio de seus pais, Larry seguiu com a mãe para Los Angeles acompanhando-a em suas turnês. Nesta época, Larry havia decidido seguir os passos de sua mãe e resolveu estudar teatro. Conseguiu atuar em pequenos papéis na Broadway, em peças como a Megera Indomada e Margo Jones. Mary conseguira um emprego em Londres, como uma das estrelas do musical South Pacific, e deu um jeito de colocar Larry no elenco da peça, onde ficaram juntos por cinco anos. Com o fim da turnê, Larry voltou aos Estados Unidos para se alistar na Força Aérea. Tinha o "show bizz" no sangue, e com suas experiências teatrais, conseguiu produzir e dirigir filmes técnicos para o Governo, na Força Aérea. Ao sair de lá, resolveu retomar sua carreira no teatro. Foi escolhido em 1961 para atuar em uma novela de tevê chamada "The Edge of Night", onde trabalhou por dois anos. Conseguiu outros papéis em séries de tevê e em filmes de cinema, como o do tradutor do Presidente Henry Fonda no filme "Limite de Segurança", em 1964. Em 1965, foi escolhido pelo escritor Sidney Sheldon para interpretar o Major Nelson na série Jeannie é um Gênio. Desempenhou muito bem o papel graças a sua experiência na Força Aérea, o que tornou Larry muito popular nos cinco anos que esteve no ar.
Nesta época, o ator tornou-se alcoólatra. Bebia muito antes das gravações de Jeannie, mas isto não chegou a atrapalhar as gravações. Com o fim da série em 1970, sua carreira declinou. Tentou se lançar como diretor de cinema, com o filme "The Son of the Blob" (inédito no Brasil), que seria uma espécie de continuação do filme dos anos 50 "A Bolha Assassina", mas fracassou nas bilheterias. Continuou a fazer participações em filmes e séries de tevê durante os anos 70, até que foi escalado para fazer o papel de milionário do petróleo JR Ewing, na então minissérie Dallas (1977). Seu papel foi tão marcante que a minissérie virou uma série semanal, acabando por revitalizar sua carreira, tornando-o popular novamente na televisão. A série duraria até 1991.
Devido ao alcoolismo, Larry teve que se submeter a um transplante de fígado em 1995. O transplante foi bem sucedido, mas passou a depender, para o resto de sua vida, de muitos remédios contra a rejeição. Hoje, aos 77 anos, por causa desta nova condição, Larry atua muito pouco. Recentemente fez algumas participações na série Nip/Tuck, mas dedica muito de seu tempo nos AA (Alcoólicos Anônimos), além de participar de reuniões e ministrar palestras sobre os perigos da bebida.

quarta-feira, 11 de março de 2009

SAUDADES DA TV TUPI


Para as crianças e adolescentes de hoje em dia, é algo absolutamente corriqueiro dispor de vários canais de tevê, cinemas, jogos eletrônicos dos mais variados, DVD's, internet, etc. Mas houve um tempo em que um simples aparelho de televisão era um verdadeiro prêmio para as crianças e jovens que gostavam da alegria e magia de filmes, desenhos animados e seriados. Entre as redes de televisão no Brasil, talvez nenhuma outra tenha representado tão bem esse "prêmio" quanto a extinta TV Tupi. Vivenciei momentos simplesmente incríveis, através da TV Tupi do Rio, canal 6, que ficava na Urca. Lembro-me, muito bem, de quando saíamos de casa, em Niterói, no Aero Willis do meu pai, e pegávamos a barcaça e nos dirigíamos para a casa de meus tios que ficava bem ao lado do estúdio da Tupi. Assisti muita gente entrando na emissora para participar dos vários programas como Flávio Cavalcanti, Chacrinha, J. Silvestre, Blota Júnior e outros. Também não sai de minha mente assistir aos anos derradeiros da emissora, quando ela já não era mais considerada a melhor há algum tempo. Mas não importava: o que me atraía mesmo eram os desenhos animados, filmes de ficção científica, de western, aventura e os seriados. Ah, os seriados! Em meio aos nostálgicos, há um sentimento de perda e saudade. De um momento mágico que passou e que nunca mais voltará. Eu que abria mão de jogar bola, correr pela rua e empinar pipa para assistir desenhos animados e filmes. Sempre achei que a programação da TV Tupi na área infanto-juvenil era melhor do que a que a da Rede Globo. No início dos anos 70, a Tupi colocou no ar chamadas para sua nova programação infantil. Eram apresentadas imagens do episódio piloto da série de animação Thunderbirds, realizando o resgate de um enorme avião de passageiros. Havia,também, o desenho do Homem Aranha - do tempo em que os nomes dos personagens eram "aportuguesados" (Peter Parker, por exemplo, era chamado de Pedro Prado), o desenho dos sapos Toro e Pancho, da Pantera Cor-de-Rosa, do Inspetor Clouseau e uma dezena de seriados e outros desenhos inesquecíveis, a maioria dentro do programa do saudoso Capitão Asa. Lembro, como se fosse ontem, de quando chegava do Instituto Abel, onde freqüentava o antigo ginásio, passava na casa de minha avó por volta das 17h e ligava rapidinho a televisão e assistia fantásticos filmes de ficção cientifica. Aliás, filmes como esses, eram exibidos corriqueiramente nas tardes da Tupi, num programa chamado "Cinema 4" (mais ou menos equivalente à "Sessão da Tarde" da Rede Globo). Muitos dos mais fantásticos filmes de ficção que eu já assisti passaram por ali. Tais como "A Invasão dos Discos Voadores" (1956), onde a cidade de Washington era arrasada por discos voadores, e ainda "O Monstro do Mar Revolto", (1955), onde um imenso polvo destruía a ponte Golden Gate, em São Francisco, a mesma que anos mais tarde cruzei esperando não encontrá-lo. Após essa sessão de filmes, eram exibidos os desenhos dos heróis da Marvel, Hulk, Namor, Capitão América, Homem de Ferro, Thor e outros como A Princesa e o Cavaleiro, As Aventuras de Huck Finn, Speed Racer e King-Kong. Por volta de 1978, no final das tardes, a Tupi passou a exibir episódios de séries de animação, como Stingray e Capitão Escarlate, mas eu já estava "grandinho", fazendo facul e não tinha mais todo aquele tempo do mundo, apesar de A Tupi merecer. Aliás, um ano depois, em 1979, a Tupi começou a funcionar com alguma regularidade e foi nessa época que assisti a séries como Mulher Elétrica e Garota Dínamo, Ark II, Joe 90, o desenho Super-Presidente, todos exibidos no programa Domingo no Parque, do Sílvio Santos, então ainda transmitido pela Tupi. No período noturno, no final de noite, a Tupi apresentava filmes que hoje seriam considerados clássicos: "A Guerra dos Mundos" (1953), que eu não pude assistir até o final pois morava com minha avó que ficava brava porque eu estava acordado até "tarde" e me mandava dormir); "Robson Crusoé em Marte" (1964); "A Mosca da Cabeça Branca" (1958); "O Retorno da Mosca"; "Os Pássaros". Os filmes de horror da empresa britânica Hammer, incluindo a série Drácula, estrelados por Cristopher Lee, também foram exibidos. Tudo, devidamente, em p&b, mas o quê importa? Os seriados da Tupi também eram muito bons: Columbo, McCloud, Baretta(todos policiais); Espaço 1999; A Família Dó-Ré-Mi e M*A*S*H, eram algumas das séries transmitidas. Por outro lado, nos últimos anos da emissora, 1979/80, o canal às vezes permanecia dias fora do ar. Eu ficava desesperado, pois gostava da programação da tarde, inclusive das séries como Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar e Terra de Gigantes. Lembro também de especiais que a Tupi exibia, como a "Semana da Ficção Científica", apresentada provavelmente em 1979, quando foram exibidos (sempre nos finais de noite) filmes como "O Monstro da Bomba H", "Quarta Dimensão", entre outros que hoje são considerados trash, mas que na época assustavam. Por fim, em 1980, a emissora saiu do ar durante vários dias, ficando somente a sua logomarca na tela da tevê, até que um dia o sinal não foi mais retransmitido. A verdade é que, nessa época, eu não senti tanto o fechamento da Tupi, pois a Rede Globo já apresentava filmes e desenhos que supriam, em parte, as lacunas deixadas. Além disso, a partir de 1981/82, a TV Record começou a ser retransmitida e uma parte considerável dos filmes, desenhos animados e seriados, que haviam pertencido à Tupi, passaram a ser exibidos pelo canal. Também a TVS (atual SBT), tinha como parte de sua programação alguns seriados da Tupi. Contudo, alguns filmes e desenhos que eu havia assistido na Tupi nunca mais foram exibidos na tevê e aí sim a saudade bateu. Talvez, grande parte do nosso imenso saudosismo em relação à Tupi seja proveniente, não apenas de sua programação, mas, também, da época em que era exibida. Um tempo onde não existia tanta violência e a televisão tinha programas interessantes e inteligentes. Ou seja: saudade de coisas singelas e inocentes que seriam consideradas "tolas" hoje em dia, mas que faziam a alegria dos jovens. E entre essas alegrias estava a TV Tupi, a verdadeira "rainha dos baixinhos e altinhos".

HOMENAGEM AOS FILHOS


Chapolin Colorado (disponível em DVD), também conhecido pelos nomes Vermelhinho e Polegar Vermelho no Brasil (El Chapulín Colorado no original, em espanhol), é o personagem principal da série humorística de televisão mexicana homônima. Foi criado e interpretado pelo ator e escritor Roberto Gómez Bolaños. El Chapulín Colorado foi exibido na televisão mexicana pela primeira vez em 1970, na TV TIM (Televisión Independiente de México), como um quadro do programa Los Supergenios de la Mesa Cuadrada. Deste programa, além de Bolaños, também participavam os atores Rubén Aguirre, María Antonieta de las Nieves e Ramón Valdés. A partir de 1973, o Chapolin passou a ter um programa próprio, já pela Televisa, que perdurou até 1979.O nome "chapulín" é oriundo de uma espécie de gafanhoto, pertencente ao género Sphenarium, bastante popular no México, sendo utilizada como iguaria. Em 1984, Sílvio Santos, proprietário da emissora brasileira SBT, comprou alguns episódios das duas séries, juntamente com algumas novelas da emissora mexicana, e começou a exibí-las ao meio-dia, no programa do Bozo. Foi um sucesso, e logo Chapolin ganhou espaço próprio na programação, exibido diariamente em dois horários, precedendo ao programa Chaves. Deixou de ir ao ar regularmente em 2000, devido à exibição do horário político, após um período recorde para programas do gênero de 16 anos de exibição praticamente ininterrupta (superado apenas pelo seu co-irmão Chaves, com 18 anos), embora o SBT tenha voltado a exibir episódios esporadicamente em vários momentos desde então. Apesar de Chaves e sua turma "não serem bem da minha geração", resolvi reproduzir este breve histórico como homenagem aos meus filhos e a todos os outros fãs do seriado. Como eu...isso, isso, isso...

VIGILANTE VOLTA ÀS TELAS DO CANAL BRASIL


A série O Vigilante Rodoviário, grande sucesso da tevê brasileira nos anos 60, voltou a ser reprisada pelo Canal Brasil, disponível em operadoras de TV paga como Sky e Net. O canal conseguiu recuperar 36 dos 38 episódios produzidos e vai exibi-los, totalmente resmaterizados, às segundas-feiras, 20h30, com reprises terças, 15h30 e domingos, 11h. Há pelo menos quatro anos a direção do Canal Brasil tinha o desejo de exibir a série, dentro da filosofia da emissora que é a de resgatar o passado da tevê brasileira. "Uma geração viu e outra ficou ouvindo a respeito do Vigilante", disse Paulo Mendonça, diretor geral do Canal Brasil. Até poucos dias atrás, a abertura da série, o fechamento e o hino ainda não tinham sido recuperados. De acordo com Mendonça, esses trechos acabaram sendo encontrados com boas condições em apenas um dos episódios e aplicados aos demais.Considerado por muitos o primeiro herói da tevê brasileira, o inspetor Carlos (Carlos Miranda) é um policial que percorre as estradas de São Paulo a bordo de um Simca Chambord amarelo ou uma moto Harley-Davidson, levando segurança, proteção e mensagens educativas para crianças e adultos, na companhia do pastor alemão Lobo. Inspirada nos trabalhos da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, a série foi a primeira filmada em película de cinema no Brasil, patrocinada pela Nestlé.
"O Vigilante" estreou em janeiro de 1961 pela TV Tupi, onde ficou no ar até o ano seguinte. Nos anos 70, chegou a ser reprisada pela TV Globo e nunca mais foi exibida. O patrulheiro ficou tão conhecido que o ator Carlos Miranda acabou ingressando na Polícia Militar do Estado de São Paulo em 1965. "Após eu fazer as faculdades de direito e de turismo, o comandante da Polícia Militar me chamou para entrar na corporação. Fiz a academia, criei o Setor de Relações Públicas e trabalhei na estrada também, nos sistemas Anchieta e Imigrantes”, conta Carlos, referindo-se às autoestradas paulistas. Em 1998 foi para a reserva como tenente-coronel da polícia rodoviária e até hoje, aos 75 anos, participa de campanhas para a conscientização do trabalho feito pela Polícia Militar em prol da população e participa de encontros de carros antigos com o Simca original da série. Em 1992, Carlos Miranda entrou para o livro dos recordes como único ator a virar o seu próprio personagem.

MORRE ROBÔ DE PERDIDOS NO ESPAÇO


O ator americano Bob May, que ficava dentro de uma fantasia de robô na série Perdidos no Espaço", sucesso dos anos 60, morreu, aos 69 anos. Ele sofreu complicações cardíacas em um hospital na Califórnia. May e sua esposa ficaram muito abalados em novembro passado, após os incêndios florestais que arrasaram com a Califórnia do Sul atingirem a residência do casal.
Ator veterano e dublê, May participou de várias comédias leves no cinema e na tevê americana. A atriz June Lockhart, que interpretava a personagem Maureen Robinson na série, disse que ele foi escolhido para fazer os movimentos do robô em Perdidos no Espaço porque era o único no estúdio que conseguia entrar na fantasia.Embora não fizesse a voz do robô (papel que cabia a Dick Tufeld), May conquistou muitos fãs em eventos nos EUA sobre a série. Em Perdidos no Espaço, o robô é um aliado da família Robinson, que fica presa em uma missão no espaço e enfrenta como vilão o Doutor Zachary Smith. May costumava dizer que se sentia bem dentro da fantasia do robô, batizado de B9, dizendo que ela era seu lar fora de casa e costumava ficar dentro dela durante os intervalos nas gravações do programa. Lockhart afirma ainda que May era fumante e que durante os intervalos, o elenco podia ver fumaça saindo do robô, o que divertia os atores.

OS TRÊS PATETAS QUE ERAM SEIS

“O trio mais biruta da tela nos divertirá hoje com a comédia...”.
Com certeza, se você tem aproximadamente 40 anos, deve se lembrar e sentir saudades do tempo em que era garoto e não perdia um episódio deste trio, que na verdade foi um sexteto.
Tudo começou quando o ator de teatro Vaudeville Lee Nash - que depois assumiu o nome de Ted Healy - convidou os irmãos Moe (Moses Horwitz) e Shemp Howard (Samuel Horwitz), para trabalharem juntos em teatros e cabarés, muito comuns e populares na época (1920). Assim, literalmente, surgiu a primeira formação dos Três Patetas. Depois de algum tempo, Shemp Howard decidiu sair do grupo, pois detestava viajar - principalmente de avião e navio. Em seu lugar entrou o caçula dos três irmãos e também o mais adorado dos Patetas: Curly Howard
No começo da década de 30, Ted Healy resolveu lançar-se em carreira solo, deixando o caminho aberto para a entrada de Larry Fine (Louis Feinberg), um excelente músico que acabou se tornando o quarto Pateta, isto se levarmos em conta os protagonistas conhecidos do público através da TV.
Foi em 1934, quando assinaram um contrato com a Columbia Pictures, para protagonizarem curtas-metragens de aproximadamente 18 minutos, além de desenhos animados e filmes para TV e cinema.
Depois de muito trabalho e sucesso, aconteceu uma tragédia. Após sofrer vários derrames, morre com apenas 48 anos o personagem com o qual o público mais se identificava: Curly Howard. Em seu lugar retorna Shemp Howard e o sucesso continua. Mas, três anos após a morte de Curly, morre também Shemp. Parecia ser o fim do trio, mas não foi. O felizardo desta vez foi Joe (Joe Besser), o quinto Pateta. Esta formação durou até 1958, quando Joe resolveu seguir os passos do criador do trio - Ted Healy - e também seguiu carreira solo.
Mais uma vez, o destino providenciou um substituto para ser o terceiro (ou o sexto) Pateta. Era Joe de Rita (Joseph Wardell), que devido sua semelhança com Curly Howard, foi batizado de Curly Joe. Depois desta última formação cinematográfica, Moe perde seu companheiro mais fiel, Larry Fine, que morreu de derrame cerebral.
Então, Moe e Curly Joe convidam o comediante Emil Sitka para apresentações em teatros e cassinos, mas o show chega ao fim quando meses depois da morte de Larry, Moe Howard falece aos 78 anos de idade, finalizando assim a história do trio mais biruta da tela.
Antes de morrer, Moe foi questionado por um jornalista se "Os Três Patetas" permaneceriam para sempre no show-business, e ele respondeu: “Para sempre é muito tempo, mas com um pouco de sorte conseguiremos”.
O ator Mel Gibson, que é fã confesso do trio, foi o responsável por produzir o tele-filme “The Three Stooges – 2000" (Dir: James Frawley – 88 Min. – Elenco: Paul Bem-Victor (Moe Howard), Evan Handler (Larry Fine), John Kassir (Shemp Howard), Michael Chiklis (Curly Howard), Marton Csokas (Ted Healy), Peter Callan (Joe de Rita) e Laurence Coe (Joe Besser).
Os irmãos Peter & Bob Farelly (“Quem Vai Ficar Com Mary", 1988), já prometeram realizar um longa-metragem sobre a vida dos Patetas. Bem, os fãs aguardam ansiosos, para ver um novo show de tortas na cara!

segunda-feira, 9 de março de 2009

DESENHOS ANTIGOS


Faz parte de nosso acervo, DVD'S gravados diretamente da TV (canal Boomerang) contendo desenhos animados de grande sucesso nas décadas de 60 e 70:

*Jonny Quest

*Os Impossíveis

*Shazan

*João Grandão

*Frankenstein Jr.

*Aventuras de Penélope

*Space Ghost

*Quarteto Fantástico

*Herculóides

*Corrida Maluca

*Zé Colméia e Catatau

*Bob Pai & Bibo Filho

domingo, 8 de março de 2009

MUSICAIS


#Bee Gees (One Night Only)

#Classic Rock (Santana, Alice Cooper, Deep Purple, Jethro Tull, Nazareth, Yes, Humble Pie, #Johnny Rivers e muito mais)

James Brown (Soul Session)

#Jobim, Vinícius & Toquinho com Miúcha (concerti live)